João Félix revelou que está no Al Nassr e não no Benfica porque os sauditas manifestaram mais vontade em contratá-lo no verão e que a decisão dele nunca foi condicionada por dinheiro
«O que me fez vir [para o Al Nassr] foi a vontade do clube em ter-me. A verdade é que estive para voltar ao Benfica nos últimos três verões, sempre foi a minha vontade, sempre disse isso aos meus agentes, mas nunca houve uma vontade séria por parte do clube [Benfica], não sei de quem. Mas a minha vontade sempre foi voltar, nunca surgiu a oportunidade — não por questões de valores, de transferência ou de salários, nada a ver com isso. Sempre foi por questões de vontade do outro lado que não se realizou e o Al Nassr neste último mercado chegou-se à frente com mais vontade e desejo. E quando é assim não podemos recusar», afirmou o avançado de 26 anos, em declarações à Sport TV
O Benfica, como A BOLA deu conta, negociou João Félix com o Chelsea no último verão, estava disposto a pagar €25 milhões pela transferência e um pouco mais de €4 milhões brutos de salário por ano ao avançado. Mas os números do Al Nassr foram imbatíveis — €30 milhões pela transferência e cerca de €12 milhões limpos de salário por ano.
Félix não pensa, neste momento, no regresso à Luz, declara-se «feliz e focado no Al Nassr» e, apesar de ter «objetivos», diz que «vive o momento sem planos para o próximo ano ou daqui a dois anos».
O futebol português não atrai o avançado. «Não vejo muito, acompanho mais o Tondela porque o meu irmão [Hugo Félix] está lá. O que me parece e oiço é que todos os dias há confusões e polémicas, de segunda a domingo canais televisivos a falar de futebol, deste treinador, deste clube, desde jogador. Isso não ajuda, não fará com que o futebol português evolua. A realidade é que o jogador português tem muita qualidade para ser dos melhores. A mentalidade em Portugal está a atrasar o crescimento de jogadores, treinadores e clubes. Enquanto não mudarem isso Portugal continuará no mesmo patamar e não evoluirá, o que é uma pena», partilhou.
Félix analisou o bom momento no Al Nassr, no qual soma 16 golos e quatro assistências em 18 jogos: «Nada mudou. Continuo a ser eu, o mesmo jogador, a ter as mesmas qualidades e vontade. Trabalho para ser o melhor possível, ajudar a equipa e o clube. No futebol às vezes as coisa saem outras não, culpa de jogadores, circunstâncias e tudo mais. Neste momento, as cirucunstâncias estão todas a favor e essa é uma das razões para as coisas estarem a correr tão bem.»
